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domingo, 24 de julho de 2011

FURTO AO BANCO CENTRAL: ATÉ QUE PONTO O CINEMA PODE ENSINAR ?

A história do maior assalto (termo genérico, pois o crime foi de furto) a banco do país e o maior do mundo está em cartaz em todos os cinemas brasileiros. O audacioso crime do grupo que planejou cavar um túnel que fosse até o cofre do BC de Fortaleza e conseguiu ocultar até hoje a grande parte dos 164 milhões além de membros será desvendada na grande tela.

É justamente essa “genialidade” utilizada pelos bandidos que nos remete a uma reflexão acerca da publicidade de projetos tão bem elaborados. Desde a formação do grupo até pequenos detalhes, o filme pretende (é uma ficção baseada em fatos reais) mostrar como a quadrilha se articulou e planejou o segundo maior roubo do planeta. Afinal de contas, a publicidade dessas estratégias pode estimular a criatividade de novos eventos como o de 2005?

De uns tempos pra cá, temos acompanhado que a maneira do crime operar tem sofrido algumas mudanças. Entre as novas práticas está a adoção em massa de estratégia, logística e tecnologia. Essas três coisas associadas têm desafiado as autoridades, que ainda encontram dificuldade em se adaptar ao crime da modernidade. Tem contribuído bastante para essa reviravolta as táticas que se vê na ficção, pois, é bem como vemos na realidade.

Não atoa é que tem aumentado a presença de episódios “Hollywoodianos” no cotidiano, onde criminosos preparam ações dignas de filmes americanos adaptados à vida real. Tudo é planejado. Desde a trama à execução, tudo é pensado nos mínimos detalhes, em oposição à reação policial que é geralmente despreparada (e o principal motivo disso é a desarticulação das forças de segurança).

Não dá pra estabelecer até que ponto a ficção pode incitar a prática de delitos. Entretanto, é criterioso refletir que eles influenciam a criatividade de quem procura se especializar e leva o crime a sério. Ao levar ao ar os bastidores de uma ação tão bem sucedida, põe-se inegavelmente em risco a possibilidade de novas tentativas. Resta saber se, a exemplo (vejam que contraditório) dos bandidos, que utilizam de material bélico infalível, as polícias estão acompanhando essas evoluções. 

Fonte: Amigos do Ronda

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